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O MUNDO DE CADA UM


No dia 09 de junho de 2013, com o falecimento de meu irmão caçula, meu mundo virou de cabeça para baixo, mais do que isso, meu mundo tornou-se cinza e completamente solitário, particular. É como se eu vivesse inserida na sociedade, mas não estivesse nela.
Isso me fez refletir sobre o mundo de cada um, que certamente é particular. A vida reserva para cada pessoa dores, alegrias e sortes diversificadas, sorte essa que por vezes nos desperta o desejo de nos recolhermos, de vivermos isoladamente ainda que estejamos acompanhados, cercados de pessoas, vivendo dentro do mundo de outros porque o seu mundo parece não existir mais. 
Uma perda pode se dar de várias formas e as reações acerca delas também. Há quem passe por suas perdas serenamente e siga adiante sem avarias, mas há quem siga seu caminho faltando pedaços. A solidão é frequente ainda que aconteça em meio a uma multidão. 
Então fiquei refletindo sobre os mundos de cada um, sobre a forma como as pessoas vivem suas vidas, as vezes sangrando, as vezes despedaçados, usando maquiagens, máscaras, sustentando a postura aceitável para a sociedade. 
Mas o quão cruel e exaustivo é essa forma de viver, arrastando correntes enquanto posa flutuante para as fotos. Quantas vezes os problemas se acumulam porque você não tem força para dissolvê-los uma vez que nada mais parece ter importância. Você fica inerte, um tanto morto, parcialmente inexistente. Mas o mundo não para, as necessidades também e assim vamos vivendo, cada um no seu mundo, olhando para seus próprios problemas e sendo julgados, criticados por atitudes que deveriam permanecer resguardadas em seu universo particular, mas que acabam misturando-se ao mundo dos outros numa tentativa de sobrevivência, de se manter vivo ainda que parte sua já esteja morta.
Como agir quando seu mundo está morto mas você permanece vivo?



Por Solange Lima 
e-mail: solangelimaproducoes@hotmail.com 
WhatsApp (13) 98129 3515
Canal no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCrn65Qw03iFdkIZxd-ly1VA

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