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Mostrando postagens de abril 17, 2016

DO AVESSO

QUEM DERA PUDÉSSEMOS SER VISTOS DOS AVESSO As vezes o fel que umedece as palavras está boiando na superfície.  Há doçura no fundo da alma. Presa em um lamaçal de mágoas e afrontes, tentando se desvencilhar do lodo que o medo produz.  No feio encontra-se o bonito. Mas a carcaça gorda ou magra, alta ou baixa, com diploma ou sem, embaça a visão e compromete o entendimento.  Quem dera pudéssemos sair na rua virados do avesso, mostrando quem realmente somos. Talvez muitos solitários estariam acompanhados e muitos deuses gregos andariam só. Um sorriso largo embalado por doce voz e grande explanação de simpatia, pode esconder garras afiadas do mal. Uma sinceridade envolta em embalagem propensa a alto teor de discriminação, pode esconder a mais pura bondade e altruísmo.  Ah! Se pudéssemos desfilar nossos nudes da alma... Talvez não fosse necessário pintá-las, expô-las em redes sociais com belas máscaras.  Certamente não haveriam mais palcos, nem platéia. Só diretore