O blog da Solange Lima

Escrever é como colocar o dedo na garganta e vomitar. Pode-se ver pedaços do que sua alma ingeriu. Por mais que limpe, arrume, organize a sujeira toda, o odor denuncia o teor do alimento. O efeito para quem escreve é o mesmo para quem provoca um vômito; alívio! Todas as toxinas são lançadas fora, embora parte dela tenha sido absorvida. Se o homem pudesse imaginar que um dia alimentará os vermes ou saciará as chamas, aplicaria-se a enfeitar sua alma. Para o corpo água e sabão, para a alma perdão. Aliviar-se nas palavras é como passar perfume para disfarçar o mal cheiro. É expor a ferida para  higienização. Tal qual a paixão, que de tão inflamada necessita expandir-se para fora do coração, assim são os pensamentos que pulsam freneticamente até saltarem para o papel. Numa faxina explicita de sua alma, o escritor por vezes acaba lavando a consciência de quem o lê. Com muita propriedade escreveu Caio Fernando Abreu: " Quero estar perto de pessoas que sabem col...

Um tema bem apropriado para o dia internacional do beijo(13 de abril) As vezes damos tanta importância para sentimentos como raiva, mágoa, ressentimentos que até o potencializamos. Tem pessoas que levam uma mesma mágoa no coração por anos a fio. Parecem gostar de nutrir esse sentimento, é como se fosse a sua energia para seguir lutando pela vida. Lutar, essa é a palavra. Estive pensando nisso. Somos capazes de lutar por tantas coisas nessa vida, inclusive por vinganças tolas. Mas quando o assunto é o amor, o orgulho nos faz desistirmos de lutar por ele. As vezes existe um sentimento no ar, mas algo não está se encaixando perfeitamente, faltam alguns pequenos ajustes para que tudo fique em seu devido lugar, mas preferimos desistir. Queremos que o amor venha pronto, de bandeja e todo o nosso trabalho seja apenas recebê-lo, isso quando recebemos, por que ainda há quem não saiba e não aceite ser amado. Vitor Hugo disse que a suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo...