O blog da Solange Lima

As vezes você quer falar, desabafar e noutras vezes só quer sumir, ficar bem quietinho no seu canto, se fingindo de morto para não ser notado, para não ter que fingir sorrisos, dar explicações, fazer de conta que é forte e correr o risco de ser descoberto, de notarem seus medos, seus bichos. Tem hora pra tudo. Pra falar, pra calar, pra surtar, pra ficar inerte. E tem hora que você fica exausto de tanto viver, se arrastar, atuar, tecer máscaras. As vezes fica escassa a lista de satisfações, tem hora que falta a paciência para ignorar aquele julgamento, aquela intromissão de pessoas que juram que tem certeza, que sabem o que é melhor para você. Cansa. A pele cansa, a beleza cansa, a alma cansa, os ouvidos cansam, os olhos,  o coração, a disposição.  É quando bate aquela vontade louca, ou nem tão louca assim, de jogar tudo para o alto e abnegar-se.  São tantos os momentos! É uma montanha russa alucinante, alucinógena, proposital.  Ei passado, psiu!  ...

Qual será o sabor do reconhecimento? Confiar em nosso potencial nos garante garra para lutar por algo, confiante na vitória. As vezes lutamos sozinhos contra um exército de dificuldades. As vezes a luta é injusta pois o oponente é demasiadamente vantajoso. Há momentos em que pensamos em jogar a toalha. De repente, quando vencemos uma grande batalha usando nossa capacidade, força, garra, determinação e conquistamos nosso lugar ao sol, obtemos êxito em nossa meta, olhamos para um lado e para o outro e não encontramos uma única pessoa para se alegrar conosco. Ser gente grande as vezes dói. Para vencermos na vida, nos agigantamos e enfrentamos qualquer Davi que apareça pela frente com suas pedrinhas, mas no final da batalha a criança que habita em nós parece pedir colo. O desejo que temos é de sermos reconhecido, recebermos um elogio que seja.  Como uma criança que espera e necessita da aprovação e reconhecimento dos pais para sentir-se seguro e importante, assim somos nós diante do fi...