Lutar contra a própria essência. Não há luta mais injusta, árdua e exaustiva do que essa. Principalmente quando você gosta da sua essência mas precisa alterá-la para se adaptar ao meio, para sobreviver sem que tenha que se arrastar ou sangrar com feridas abertas e expostas. Parece que a cada ano o mundo fica um tanto mais cruel, frio, insensível, fútil, desumano e impiedoso com quem não se adapta ao sistema e vive em seu mundo particular. Quem nunca se sentiu sem lugar no mundo? É preciso muita raça, garra, auto confiança, amor próprio, perseverança e determinação para ser exatamente como é, sem adulterar sua origem. Ninguém te obriga a mudar, a própria vida se encarrega disso. A cada rasteira que você leva, a cada decepção, a cada ferida feita e cada sangramento novo em cima dessa ferida, você vai se adaptando, descobrindo formas de se proteger, de não sofrer, de se defender e quando se dá conta, já não é mais metade do que era. Eu amo minha essência e sinto dores de parto ao ter que ...
Há sempre um pouco de você aqui.