Meu Deus como dói!
Embora saiba que nada posso fazer, que por mais lágrimas que derrame nunca mudarei a realidade, a resignação não me cabe.
Sinto dores diárias, constantes.
Pensamentos latentes, lembranças recorrentes, lágrimas internas e externas.
O som da música afronta meus ouvidos.
Minha alma prefere o silêncio absoluto.
Como alguém pode ser tão insubstituível?
Um amor inato é perpétuo, nem mesmo a morte pode interrompê-lo.
Aliás, parece que ela tem o poder de fortificá-lo.
Não se engane quem me vir sorrindo.
A vida é uma arte e estou desempenhando meu papel de vivente.
O dicionário diz que vida é o espaço de tempo entre o nascimento e a morte, a julgar pelo vaco que há dentro de mim, possivelmente já morri.
Não há um dia, um minuto que meu coração não se esprema dentro do meu peito buscando respirar sem sentir dor.
Sinto-me marcada para sempre.
Incompleta.
Nunca imaginei que viver fosse tão mais importante para quem nos ama do que para nós mesmo.
Afinal, ele que parecia amar tanto a arte de viver, que representava tão bem esse papel, brincou com fogo mesmo sabendo que ele consome e destrói.
Partiu, possivelmente sem imaginar que quem aqui ficou sente sua partida e morre um tanto a cada dia.
Quem sabe se ele soubesse que mais vale aos outros do que a nós mesmos estar aqui.
Lá há descanso, mas aqui há saudade, dor e tristeza para quem o ama.
Isso é tudo o que restou de mim.
Meu irmão, quanta falta você me faz!
Nossos planos, sonhos, projetos, delírios e confidências estão soterrados, para sempre.
Não há quem possa representá-lo.
O seu lugar em meu coração é intocável.
Quantas tantas homenagens lhe fizer, serão insuficientes.
Assim como minhas lágrimas, que quanto mais rolam, mais querem brotar.
REFLEXÃO DO DIA:
"Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu".
(Eclesiastes 3:1) - http://www.bibliaonline.com.br/acf/ec/3
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