Estou em uma montanha russa que chacoalha e chacoalha sem parar.
Está tudo revirado e remexido aqui dentro.
Não tenho certeza de mais nada.
Não sei mais se quero o que é certo ou o que desejo.
O que desejo me preenche mas me fere,
O correto me rasga, me sangra e não me preenche.
Estou livre mas não sei o que fazer com essa liberdade.
Quero odiar mas ao invés disso, amo.
Amo mas me perturbo com esse amor.
As dúvidas são constantes, os medos recorrentes e as decisões adiadas.
O futuro está sendo desenhado agora e os traços desse desenho não são firmes nem coloridos.
Quem e como serei eu amanhã após minha permissividade presente?
É tudo confuso, dúbio, intrigante mas deliciosamente necessário.
O fim bateu à porta pedindo passagem.
Abrindo-se ela o deixou ir.
Ele se foi, mas não a fechou.
Veio a ventania, escancarou a porta e revirou tudo por dentro.
No meio da bagunça desejou-se a ordem, colocar tudo em seu devido lugar.
Mas onde estão as peças espalhadas?
Onde encaixá-las e de que jeito?
O vento não para, a porta não se fecha e as peças se perdem mais e mais.
Onde encontrar a chave para trancar a porta?
Se perdeu no meio da bagunça.
Se não encontrá-la o futuro será inconstante como o vento, desencaixado como as peças no meio dessa desordem e sem sentido como a função dessa chave fora de seu lugar.
Ai de mim que sou poeta e deixo meu coração entregue aos versos que a vida escreve.
REFLEXÃO DO DIA:"Deveras todas estas coisas considerei no meu coração, para declarar tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante ele." (Eclesiastes 9:1) - http://www.bibliaonline.com.br/acf/ec/9
- para entrar me contato com Solange Lima mande e-mail para "oblogdasolangelima@hotmail.com"
Lindo isso.
ResponderExcluirMuito obrigada!
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