No lugar certo
De repente o inesperado acontece e tudo parece ficar fora do lugar. Quando a mudança é brusca e dolorida, deixa marcas. O natural é concluir que houve uma perda. Porém, parece clichê mas verdadeiramente nem sempre oque se perde é de fato uma perda.
Na maioria das vezes a mudança nos traz renovo, um renovo que não existiria se não nos tirassem algo. Tendemos a nos acostumar, nos apegar ao que nos traz conforto, ainda que esse conforto seja superficial ou danifique nossa alma. A auto sabotagem nos leva a um patamar onde tudo oque se vê são flores, os espinhos são até agradáveis.
Quando aquilo ao que nos prendíamos muda-se, nos despedaçamos, caímos do auto de nossa zona de conforto sucateada e falsa para a nossa dura realidade. Somos oque somos, quem somos, temos oque temos e a vida nos esfrega na cara.
O mundo parece andar em câmera lenta, tudo fica cinza, as músicas se calam e os pássaros já não nos oferecem encanto. Diante de toda a aparente desgraça surge de dentro de nós uma pessoa forte que sempre esteve ali, sucumbida pela falsa sensação de perfeição aqui do lado de fora. Essa pessoa é aquela que vai nos levar ao refrigério e a convicção de que a mudança foi não apenas necessária mas providencial.
O velho traz o novo e o novo pode até vir em uma roupagem antiga, mas que nunca foi usado ou experimentado por você. Nesse começo de ano, onde fala-se muito em planos, projetos, renovação, refletir sobre oque você acha que perdeu é um ótimo exercício de conscientização, renovo e segurança em suas convicções, sua essência e sua auto estima.
Atente-se para o velho, nele pode estar todo o conforto que você busca. Nem sempre o velho é passado, é ruim, ele pode ser o complemento que lhe falta. Quem sabe você esteve ocupado demais para notá-lo. Novo ou velho, oque importa é que seja real e lhe permita ser quem você é de fato.
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