Pular para o conteúdo principal

TEM MESMO QUE FALAR?

Será que é mesmo necessário?



Sabe, estive pensando sobre desabafos.
O quanto é necessário fazê-lo, e a grande questão é: Será que é mesmo necessário? Quero dizer, até onde devemos falar? Qual o limite da exposição da nossa alma?
Sei que todo ser humano necessita do afago do outro. As vezes desabafar ajuda a aliviar o fardo, mas sempre tenho a impressão de que ao nos excedermos no desabafo nos enfraquecemos, ficamos vulneráveis, entramos na linha da compreensão e como disse o filósofo Khalil Gibran: "Aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
Você pode não perceber mas a cada entrega sua, a cada desabafo, um pouco seu vai ficando nas mãos do outro, sob o domínio dele. Quando você menos percebe ele pensa por você, decide por você e a vida te torna uma marionete, um dependente emocional.
Sabe aquele pote de ouro no fim do arco iris? Você deve preservá-lo. Tem que ter algo só seu, guardado, resguardado, protegido sob seus olhares e pensamentos. Um lugar onde só você pode ir, onde seus maiores segredos, desencantos e aflições estão repousando a espera de uma solução que virá somente de você.
Por que é tão difícil refletir sobre tomadas de decisões, reagirmos aos ataques da vida ou nos posicionarmos diante de adversidades emocionais? Por que entregamos nas mãos de terceiros as nossas fragilidades? Nos expomos, por que?
Se o outro tem a resposta sobre os problemas e indagações que lhe dizem respeito, não parece justo que você mesmo o tenha?
Em um mundo onde a exposição é a nova forma de vida, onde compartilha-se o que come, veste, onde foi, com quem foi, que horas dormiu, acordou, com quem ficou... onde os atos outrora guardados em quatro paredes agora são divulgados ao mundo, comentados, replicados e tornam-se "sucesso", talvez seria sensato pegar a contra mão. 
Quem sabe preserva-se seja uma boa opção para o crescimento pessoal? 
Crescer é individual.




Por Solange Lima
Whatsapp - (13) 981293515



#FICAADICA


Comentários

Postagens mais lidas

VOCÊ É LÂMPADA OU VELA?

Qual a fonte de sua luz? Ser vela é poético e altruísta.  Tem luz própria e sua luz é compartilhada de forma a clarear quantos ambientes forem possíveis. Doa-se em favor do outro. Porém, desgasta-se no processo, se consome até que não reste mais nada, nenhum facho de luz.  A fonte é própria e finita, não há onde recarregar.  Ser lâmpada é iluminar sem se desgastar.  É ser luz buscando energia em outra fonte.  A fonte é Jesus , a luz do mundo .   A lâmpada se ilumina e leva a luz para os outros. Pode iluminar quantas pessoas e ambientes forem preciso, não há desgaste pois tem onde recarregar.  Tal qual a vela, a lâmpada é altruísta e doa-se em favor do outro, mas tem consciência que não é capaz de ser sua própria fonte de energia, que não consegue iluminar o mundo sem se desgastar.  Reconhece sua limitação e busca se alimentar antes de alimentar o outro. Você é vela ou lâmpada?  Você ilumina ou clareia?  ...

O TICO E O TECO

O TICO E O TECO Tenho os dois, mas funcionam alternadamente. É sério gente! Quando sou colocada em confronto ou sobre pressão, quando preciso pensar rápido eles entram em conflito e um se apaga, acho que desmaia, deixa o outro na mão. Ultimamente estou sendo colocada em situações onde os dois precisam trabalharem juntos. Eles não estão acostumados com essa rotina, então acabam ficando exaustos e não acontece aquele entrosamento que faz a coisa fluir melhor, afinal eles mal se conhecem, apesar de serem vizinhos. Tem sido uma experiência e tanto trabalhar com os dois ao mesmo tempo. As vezes conseguimos resultados surpreendentes, até me orgulho. Mas quando começam a exigir muito de nós, ter que pensar em várias coisas ao mesmo tempo, produzir várias coisas ao mesmo tempo, aí a casa cai. Acho que meus amiguinhos são bem cavalheiros, um sede espaço para o outro. Por isso que enquanto um trabalha o outro descansa. Mas o tal trabalho em equipe também precisa ser valorizado, principalmente pa...