FUNÇÃO DO OUVIDO

Você já sentiu aquela necessidade de dizer algo mas não saber oque exatamente?

Quando um amigo desabafa e você se sente no dever de dizer-lhe algo que afague sua alma, ou apenas um bom conselho que possa norteá-lo, mas as palavras lhe escapam e você se sente impotente.

Muitas vezes, as pessoas querem apenas serem ouvidas.

Hoje em dia isso é praticamente impossível.

Responda para você mesmo: Quantas vezes esteve 100% presente enquanto alguém desabafava com você?

Nossa tendência é se dispersar, ir pensando no que dizer, antes mesmo que a pessoa conclua.

Enquanto você pensa antecipadamente no que dizer, em qual conselho dar, sua atenção já escapou, seus olhos já deixaram de contemplar a alma de seu amigo, e ele percebe claramente que seu interesse em ouvi-lo é menor do que ele esperava. Os olhos são espelhos, refletem nossas emoções e sentimentos.

As pessoas pagam profissionais para ouvi-las por uma hora inteira. Nem sempre o profissional tem as respostas, tão pouco as soluções, mas sempre ouvem. E isso já tira uns quilos da alma.

Pense nisso. As vezes seu amigo só quer ser ouvido de verdade.

Há silêncios que valem mais do que mil palavras.

Um abraço tem mais poder que qualquer palavra que possa ser dita.

A função do ouvido é ouvir.

Ultimamente essa função tem caído em desuso.

Obviamente algumas vezes as pessoas querem ouvir uma palavra que as consolem ou as direcionem, mas se você não sabe o que dizer, se não tem as palavras nas quais acredita, palavras que realmente farão alguma diferença, não exite em manter-se calado.

É melhor ouvir atentamente e afagar a alma de seu amigo com um pouco de atenção, do que ouvir parcialmente e lançar meia dúzia de palavras ao vento, miolo de pote, equívocos emocionais.

Ouça mais, fale menos!

REFLEXÃO DO DIA:
"O sábio ouvirá e crescerá em conhecimento, e o entendido adquirirá sábios conselhos;"
(Provérbios 1:5) - http://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/1

para entrar me contato com Solange Lima mande e-mail para "oblogdasolangelima@hotmail.com"

SEU MORTO

Cada um com o seu Nunca se falou tanto sobre morte como nos últimos 2 anos. Esse cenário é revelador, nos mostra muito do ser humano e sua individualidade coletiva. Deseja-se militar por uma igualdade de valorização da vida, no entanto, os mortos anônimos são velados por seus entes queridos que choram a perda e sofrem sua dor isoladamente. Já os famosos, os que merecem atenção, são velados em rede nacional, recebem aplausos, passeatas e abaixo-assinado. A verdade é que a dor é solitária, sempre foi e sempre será, mas os anônimos são solitários e abandonados. O luto é completamente exclusivo, inesperado, individual e sombrio. Tem tempo, cheiro, cor, nuances e muita escuridão. Cada pessoa reage de forma única à sua perda. Há quem vele seu morto até que sua própria morte chegue. Há quem se negue a viver essa separação e siga a vida como se nada a tivesse chacoalhado. Há mortes que enterram histórias, há outras que enterram traumas, outras, desilusões, sonhos, planos e outras ta...

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