Diz a bíblia que a esperança adiada faz adoecer o coração.
Então, pra que ter esperança?
Se sabidamente vou adoecer, é meio suicida ter esperança.
Ter fé, também é temeroso. Segundo o dicionário, uma das definições de fé é: "Fé é a coragem de acreditar (sem qualquer desconfiança),em algo que nos foi prometido e ainda não vemos, mas que esperamos, baseados na Fidelidade da Palavra que nos foi dada."
Logo, você pode ter fé, mas se o dono da promessa falhar, sua fé de nada terá valido.
As vezes me ponho a tentar entender qual o sentido de tudo isso.
Você é colocado no mundo, sem opção de escolha, nasce, e a partir daí começa a pagar um alto preço.
É como se fosse castigado por ter vida.
Tem que lutar para permanecer por aqui com o mínimo de dignidade, matar um leão por dia e se quiser ter um coração preservado, deve viver sem expectativas e sem esperanças.
Contudo, há a turma do deixa disso que apregoa o "vamos viver fazendo planos e sonhando com o que desejamos, nos projetando, tendo esperanças para que a vida tenha graça".
Qual a graça?
Se você desejar algo que dependa de outra pessoa, por exemplo, um relacionamento amoroso com alguém que não deseje o mesmo, vai morrer de esperar sem nunca alcançar.
De nada adianta gastar energia enviando para o cérebro o seu desejo, usar armas, estratégias, argumentos e muita, muita esperança se a outra parte simplesmente desejar o oposto. Alguém vai sair perdendo.
Viver é estar exposto a desilusões e lutar dia e noite por um lugar ao sol.
Os momentos felizes, as conquistas, tudo o que mascaradamente justifica o prazer de viver, não passam de pequenos refrigérios no meio de uma constante guerra.
Ninguém vive impunemente, há um preço alto a se pagar.
Mesmo a vida sendo imposta, você terá que pagar por isso.
É um verdadeiro presente de grego.
Você não pode optar por ela, não pode escolher onde vai nascer e ainda é castigado por tê-la recebido.
Faz algum sentido?
E não é o bastante viver uma só vez.
Há quem acredite que vivemos inúmeras vezes.
E a cada vida, o grau de padecimento, a fatura é mais alta.
Muitas regras a serem cumpridas, como amar sem esperar nada em troca, e uma total sensação de abandono para lidar com tudo isso.
Você nasce e é amado por seus pais, ou não. E passa a vida tendo que devolver isso a humanidade.
Presente de grego, mais um.
Sempre haverá uma criança carente dentro de cada um de nós, e ainda assim, teremos que viver lutando para sucumbi-la em nome de todo amor que devemos dar a humanidade sem poder esperar nada em troca.
É alimentar sem receber alimento.
A praticidade é bem menos dolorida do que viver a vida apoiado em esperanças.
Já que estamos aqui, vivamos o que há de concreto para viver.
"Essa pessoa me ama e eu a amo". Ótimo! Temos algo concreto, vamos vivê-lo.
Nada de sonhar e desejar, esperar que a pessoa me ame para só então eu conseguir viver esse amor.
É concreto, é real, está em suas mãos? Então viva, use, aproveite.
Não é? Ainda terá que correr atrás, desejar, projetar, esperar, ter fé...? esqueça.
Praticidade em detrimento da esperança.
Uma forma de viver com menos hematomas emocionais.
REFLEXÃO DO DIA:
"Porém onde se achará a sabedoria, e onde está o lugar da inteligência?"
(Jó 28:12) - http://www.bibliaonline.com.br/acf/j%C3%B3/28- para entrar me contato com Solange Lima mande e-mail para "oblogdasolangelima@hotmail.com"
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