A solidão é tão bela quanto lhe parece feia.
Nunca foi tão presente e tão temida.
Solidão assistida é como ler um livro apenas olhando a capa. Você é visto, sabe-se de sua existência, julga-se seu conteúdo mas não há interesse em aprofundar o conhecimento a seu respeito.
Mas diferente do livro você pode escolher entre ficar só ou se acompanhar.
Na solidão há leveza, liberdade, libertação. Não há beleza maior do que a liberdade. Sempre que alguém te compreende aprisiona parte de você. A cada doação gera-se uma dívida de gratidão e desta forma, você segue cada dia mais devedor, mais acorrentado e mais escravo de personalidades somadas em busca de agradar aqueles que te acompanham.
A solidão é a melhor forma de se conhecer, de amar-se e poder ser quem é. Quando você se torna livre nunca mais se permite deixar-se aprisionar-se por quem quer se seja. Lembre-se de que solidão não é estar só, é sentir-se só. E este sentimento pode ser belo ou doloroso, depende de sua interpretação, suas decisões, seu olhar sobre si mesmo.
Esteja acompanhado se isso lhe agrada, mas nunca abra mão da solidão, é ela que diz quem é você e te mantêm voando com os pés no chão.
Por Solange Lima
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