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Mostrando postagens de dezembro 14, 2012

TOLO CORAÇÃO

Um dia desejei ser forte. Forte como uma guerreira, que não se deixa abater por palavras mortais. Quando menina, e ainda moça, jovem, adulta, as palavras costumavam me ferir, me convencer de verdades vistas apenas pelos olhos de quem enxergava seus próprios reflexos. Morria um tanto a cada dia. E de tempo em tempo tornei-me sangue, só sangue, sem uma alma que o revestisse. De tanto desejar e pedir alcancei a fortaleza.  Mas como a vida é feita de atuações sobre um palco, tudo não passava de um teatro. Nasci com um mal congênito, com um tolo coração. Tão tolo que acredita que as pessoas não são capazes de o ferir. Tão exageradamente tolo que se expõe, se doa, se fragiliza, se desprotege em nome de um sentimento, uma amizade, uma companhia.  Pensa que assim como age, agirão consigo também. Pobre coração.  Quase sangra até a morte. Confundiu bondade com tolice, amor com devoção e cuidado com auto abandono. Tolo coração! Quanto mais precisará viver, ser su