Será que é mesmo necessário?
Sabe, estive pensando sobre desabafos.
O quanto é necessário fazê-lo, e a grande questão é: Será que é mesmo necessário? Quero dizer, até onde devemos falar? Qual o limite da exposição da nossa alma?
Sei que todo ser humano necessita do afago do outro. As vezes desabafar ajuda a aliviar o fardo, mas sempre tenho a impressão de que ao nos excedermos no desabafo nos enfraquecemos, ficamos vulneráveis, entramos na linha da compreensão e como disse o filósofo Khalil Gibran: "Aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós."
Você pode não perceber mas a cada entrega sua, a cada desabafo, um pouco seu vai ficando nas mãos do outro, sob o domínio dele. Quando você menos percebe ele pensa por você, decide por você e a vida te torna uma marionete, um dependente emocional.
Sabe aquele pote de ouro no fim do arco iris? Você deve preservá-lo. Tem que ter algo só seu, guardado, resguardado, protegido sob seus olhares e pensamentos. Um lugar onde só você pode ir, onde seus maiores segredos, desencantos e aflições estão repousando a espera de uma solução que virá somente de você.
Por que é tão difícil refletir sobre tomadas de decisões, reagirmos aos ataques da vida ou nos posicionarmos diante de adversidades emocionais? Por que entregamos nas mãos de terceiros as nossas fragilidades? Nos expomos, por que?
Se o outro tem a resposta sobre os problemas e indagações que lhe dizem respeito, não parece justo que você mesmo o tenha?
Em um mundo onde a exposição é a nova forma de vida, onde compartilha-se o que come, veste, onde foi, com quem foi, que horas dormiu, acordou, com quem ficou... onde os atos outrora guardados em quatro paredes agora são divulgados ao mundo, comentados, replicados e tornam-se "sucesso", talvez seria sensato pegar a contra mão.
Quem sabe preserva-se seja uma boa opção para o crescimento pessoal?
Crescer é individual.
Por Solange Lima
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