Escrever é como colocar o dedo na garganta e vomitar.
Pode-se ver pedaços do que sua alma ingeriu.
Por mais que limpe, arrume, organize a sujeira toda, o odor denuncia o teor do alimento.
O efeito para quem escreve é o mesmo para quem provoca um vômito; alívio!
Todas as toxinas são lançadas fora, embora parte dela tenha sido absorvida.
Se o homem pudesse imaginar que um dia alimentará os vermes ou saciará as chamas, aplicaria-se a enfeitar sua alma.
Para o corpo água e sabão, para a alma perdão.
Aliviar-se nas palavras é como passar perfume para disfarçar o mal cheiro.
É expor a ferida para higienização.
Tal qual a paixão, que de tão inflamada necessita expandir-se para fora do coração, assim são os pensamentos que pulsam freneticamente até saltarem para o papel.
Numa faxina explicita de sua alma, o escritor por vezes acaba lavando a consciência de quem o lê.
Com muita propriedade escreveu Caio Fernando Abreu:"Quero estar perto de pessoas que sabem colocar palavras maduras nas minhas frases verdes."
E não é mesmo estranho o ser humano?
Agita-se dentro de si num visível esforço para preserva-se da intromissão alheia, mas busca traduções de sua alma na leitura da exposição da alma de seu semelhante.
REFLEXÃO DO DIA:
"O que possui o conhecimento guarda as suas palavras, e o homem de entendimento é de precioso espírito".
(Provérbios 17:27) - http://www.bibliaonline.com.br/acf/pv/17
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